A possibilidade do fechamento do prédio dos Correios no município de Ourém, nordeste paraense, é cada vez mais real, mediante a política adotada pela cúpula econômica do Governo Federal, que não projeta nenhuma menção para que o órgão permaneça aberto em muitos municípios do Brasil. A política da privatização também tem contribuído e muito para o abandono que vive a maioria dos prédios que funcionam os Correios. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que a privatização dos Correios é "fundamental para fortalecer a empresa".
Há anos a precariedade da agência de Ourém é a prova do descaso completo do governo federal com a instituição. A redução do quadro funcional se junta com ao abandono do prédio que hoje está em ruína, com vazamentos, rachaduras, sem contar que no inverno o alagamento é constante.
Apenas um funcionário hoje presta serviço na agência, ficando com este a responsabilidade de fazer várias funções.
Recente, os vereadores debateram na plenária da Câmara a situação da agência dos Correios, sendo que não ficou definido muita coisa, pois existe a política que rege o órgão, sendo este de responsabilidade Federal.
A verdade é que a população está aflita, pois recente foi desativada a agência do Banco do Brasil no município, sem haver qualquer consulta pública.
Para dona Elizete Cavalcante, autônoma e vendedora de produtos que chegam por encomenda via os Correios, a situação não é fácil, pois ela afirma que precisa se deslocar para agência constantemente a fim de buscar as suas encomendas, mediante não existir mais o popular carteiro, agora com o fechamento pior será, pois, precisara ir até à cidade mais próxima o que elevará o custo dos produtos que ela vende.
O senhor Raimundo Augusto aposentado, falou que está na hora das autoridades acordarem e promoverem com a população de maneira urgente uma audiência pública, de modo a provocar o Ministério Público no sentido de intervir na situação para que o cidadão não venha ser prejudicado com tal atitude.
Em meio a incerteza, alguns comerciantes realizaram ontem, um reunião para tratar do assunto afim de que alguma coisa possa ser feita, porém o próprio comercio de Ourém em sua maioria, trabalha na individualidade e não no coletivo. Ourém com quase 300 anos não dispõe de uma associação comercial, na verdade existia uma que foi criada, mais para fins políticos do que econômico.
Agora recente foi instituído o Conselho Municipal de Turismo, sendo que a população em sua maioria não tomou conhecimento da posse e nem mesmo sabem que serão os fiscalizadores de um setor tão importante para nossa economia, parece que o tramite das coisas foram feitas de maneira oculta, sem muita publicidade.