A primeira etapa da operação de desintrusão da Terra Indígena Alto Rio Guamá, no Pará, foi concluída nesta quarta-feira (31), tendo conseguido mobilizar as famílias que ocupam irregularmente o território para saída voluntária.
O governo federal designou uma equipe multidisciplinar para atender à determinação judicial de retirar os não indígenas da área, que atuou esclarecendo e mobilizando a população local para retirada de pertences da terra indígena.
A operação começou no dia 2 de maio com a participação de diversos órgãos: Funai, Incra, Ibama, Exército, Censipam, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional, Abin, Secretaria-Geral da Presidência da República e Secretaria de Comunicação.
Nas incursões dos agentes do governo, foram realizadas apreensões de madeira irregular, motosserras, motocicletas e armas, e localizadas serrarias clandestinas e carvoarias dentro e no entorno da terra indígena.
O Incra fez o cadastramento de 700 famílias não indígenas que ocupavam a área para encaminhamento a programas sociais do Governo Federal. Além disso, as famílias estão tendo apoio das prefeituras locais e do governo do Pará, além de terem recebido cestas básicas do governo federal.
A operação de desintrusão da Terra Indígena Alto Rio Guamá cumpre sentença da Justiça Federal favorável à ação de reintegração de posse impetrada pelo Ministério Público Federal no Pará. Reconhecido como área indígena desde 1945, o território foi homologado em 1993.
A Terra Indígena Alto Rio Guamá tem 280 mil hectares de extensão e envolve áreas dos municípios Nova Esperança do Piriá, Santa Luzia do Pará e Paragominas, no Nordeste do Pará.
Da Rede Nacional de Rádio em Brasília