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Consciência Negra é celebrada com debates, palestras, ações de saúde e atrações culturais

Ação organizada pela Sejudh comemora o 20 de novembro, data que lembra a morte de Zumbi dos Palmares, o principal líder do Quilombo dos Palmares

Publicada em 21/11/21 às 09:02h - 42 visualizações

por Gerlando Klinger (SEJUDH)


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 (Foto: Reprodução)
Com o tema "Novembro da Consciência Negra - Resistir para Existir", a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos promoveu neste sábado (20) um evento em alusão ao Dia da Consciência Negra, na Estação das Docas, em Belém. O evento, que discutiu, entre outros pontos, temas importantes para o povo negro.


As comemorações de 20 de novembro se iniciaram na década de 70, para lembrar a morte de Zumbi, o mais importante líder do Quilombo dos Palmares. Considerado o maior quilombo organizado no País, Palmares resistiu entre o fim do século 16 até meados do século 17, quando os negros escravizados fugiam do então sistema colonial e se refugiavam no local.

O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Pará, José Francisco Pereira, ressaltou a importância de a Sejudh estar, por meio da Diretoria de Cidadania e Direitos Humanos, comemorando a data. “É um momento para que a gente possa demonstrar a importância do negro na sociedade. Não adianta dizer que estamos em uma democracia se não há inclusão social. A igualdade é o que dá a democracia e a irmandade de todas as pessoas”, afirmou. 

INCLUSÃO

A diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Sejudh, Janaína Renée, ressaltou que o reforço das políticas públicas para o povo negro é prioridade na atual gestão, razão pela qual o 20 de novembro continua sendo uma data emblemática para a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos. “A Sejudh fundamentalizou o tripé da cidadania e projetos para a população negra. Sociedade opinando para que possamos construir as políticas públicas.

Outro ponto observado por Renée é que diversos órgãos do Executivo Estadual se juntaram para levar o serviço à população. “Trouxemos a Coordenadoria de Monitoramento dos Direitos Violados (CMDV) {órgão vinculado à Sejudh} para averiguar se há, na população negra, algum direito violado, atendimento jurídico e serviços de saúde, em parceria com a Secretaria de Saúde (Sespa)”, informou.

RESISTÊNCIA

O 20 de novembro tem o objetivo de criar mecanismo para se repensar a experiência de pessoas negras, a fim de alterar a imagem da escravidão dessa população, trazendo o protagonismo negro para o centro da história do País, em uma narrativa que possa tratar os negros sujeitos ativos na história brasileira.

“Hoje a gente buscou trazer assuntos importantes como epistemicídio, medidas afirmativas, valorização da pele preta e sobre como as redes sociais podem combater o racismo. Trouxemos justamente esse evento com palestras educativas, afirmativas e eventos culturais,  em um espaço que traz uma visibilidade a um povo invisibilizado”, disse a gerente de Igualdade Racial da Sejudh, Vanessa Moura Bastos. 

Vanessa também observou que o evento é uma oportunidade de dar mais visibilidade ao povo negro. “Ressaltar a importância de valorizar a data da consciência negra e debater sobre ela e entender que é preciso lutar contra os racismos institucionais e estruturais, a fim de entender a valorização do povo preto”, concluiu.

A manicure e autônoma, Rojane da Serra Santos, 35 anos, mora no bairro do Telégrafo. Ela, que se considera negra, aproveitou a oportunidade para comemorar o Dia da Consciência Negra. “Muita gente não se aceita, não aceita sua cor, algumas são preconceituosas com a cor ou com a opção sexual do outro, mas eu não. Tenho todos os tipos de amizade e procuro não ter preconceito com ninguém. Trouxe meus três filhos pra tirar identidade e vou ficar com eles para participar da programação. Trabalho de manicure e também faço quentinha. Hoje deixei o trabalho de lado para vir para cá”, explicou.

NOVO ATIVISMO

Gabriel Conrado, dono do perfil @eguapreto nas redes sociais, foi um dos palestrantes no "Novembro da Consciência Negra - Resistir para Existir". Ele falou da importância de debater o tema e incluir as redes sociais no assunto. “Precisamos falar sobre os diversos tipos de racismo que as pessoas vivem nas redes, o racial, o  de algoritmo, além da dificuldade de acesso às redes sociais e à própria internet, que causa dificuldade de acesso às informações”, ponderou Gabriel, cuja palestra tratou do tema “As Redes Sociais no Combate ao Racismo.” 

CONSTRUÇÃO COLETIVA

 A doutoranda da Universidade de São Carlos, em São Paulo, Ivonete Pinheiro, afirmou que o movimento negro é construído por diversos grupos. Ela ressaltou que o objetivo de ações como esta que a Sejudh promoveu hoje é alcançar pessoas de fora do círculo de militância. “A construção do movimento negro na Amazônia, como organização, está nos povos de terreiros e grupo de pessoas que se articulam, inclusive pela internet, com os debates que têm sido travados e eu acho que o nosso principal desafio é como atingir as pessoas de periferias que estão fora do circulo de convívio com outras pessoas”, explicou. 

O evento realizado na Estação das Docas contou com a parceria da Organização Pará 2000, que cedeu gratuitamente o espaço à Sejudh; da Fundação ParáPaz, que ofertou 150 cestas básicas que foram distribuídas às famílias de baixa renda; e da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), que fez exames de detecção de Infecções Sexualmente Transmissíveis, além de outros serviços de saúde.

*Com a colaboração de Nathália Mota, da Fundação ParáPaz.





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